Brasileiras com chances no evento-teste da vela de Paris 2024

Vela

O quarto dia de regatas do evento-teste de Paris 2024 na vela ocorreu nesta quarta-feira (12), em Marselha, na França. Representada por seis atletas em quatro classes, a Equipe Brasileira de Vela segue com chances reais de entrar na medal race em duas categorias.

As bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze fecharam o dia em quarto lugar com 24 pontos perdidos, 10 a mais do que as líderes até o momento, que são as holandesas Odile van Aanholt e Annette Duetz.

O campeonato de 49er FX chegou na metade do programa com seis das 12 regatas programadas. Após isso, as dez primeiras colocadas disputam a medal race, com pontuação dobrada e sem descarte.

”Foi um dia complicado. Tem uma raia que fica na pontinha da montanha e tivemos altos e baixos. Na primeira regata, não conseguimos largar muito bem. O vento aumentou de 3 nós para quase 17 nós, e a gente conseguiu cortar caminho e salvar depois de estarmos quase em último. Na terceira regata do dia, o vento estava rondando tanto, que o nosso objetivo era só tentar achar o corredor”, contou Martine Grael.

O maranhense Bruno Lobo, da Fórmula Kite, está em oitavo lugar faltando cinco regatas para o mata-mata na categoria das pipas, que estreia na Olimpíada em Paris 2024. O líder disparado é o francês Alex Mazella.

Na Nacra 17, João Bulhões e Marina Arndt fecharam o dia em 15º após seis regatas disputadas na raia francesa ao todo. Para pegar uma medal race precisam tirar, pelo menos, 26 pontos para o décimo multicasco misto na tabela.

O paulista Mateus Isaac também tenta se recuperar na tabela após perder as duas regatas de estreia. O atleta é o 22º.

Parte dos atletas participam de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica com parceria da CBVela. O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.

Depois do evento-teste, os atletas da Equipe Brasileira de Vela focam no Campeonato Mundial, em Haia, na Holanda, entre os dias 11 e 18 de agosto. A competição define as primeiras oito vagas de países para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Outras serão preenchidas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, entre outubro e novembro.

Apoio à vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

Foto: Sailing Energy